terça-feira, 31 de maio de 2011

Esferográfica na pele


A arte, como mágica,
não só pela arte
mas pelo prazer, parte a parte,
do deslizar da esferográfica.

De rabiscos à riscos infantis
para chegar aos metódicos traços senis.
O céu mostra a liberdade metafórica
com seus sol e lua que chega a ser retórica.

[E o vento, o vento que uiva para que os nossos riscos encontrem-se...]
                                                                                       
Aline M. Gonçalves

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A menina do lado


Ela ama a vida
e a vida lhe ama.
Cutuca a ferida
e visita a insegurança, que chama.

Naqueles ruivos fios
guarda mais que lembranças.
Guarda sonhos e esperanças,
medos e arrepios.

Não perde em se perder
E te ganha no olhar.
A vida é boa menina! E só saber
e querer apreciar.
Aline M. Gonçalves

domingo, 22 de maio de 2011

O rio


Os destinos são
como espelhos d'água.
Refletirão
todo amor ou mágoa.

Mesmo com distorções
que parecem sem nexo
ora côncavo, ora convexo
fielmente, retorna as ações.

Em sua água calma
tudo se vai, mesmo que lentamente
e acalma a alma
daquele que chora e sente.
                                     Aline M. Gonçalves 

domingo, 15 de maio de 2011

Paradoxo


Trocando o não certo
pelo certo,
no dançar dos paradoxos.

Fez-se acerto a teoria errante
de que eram pessoas certas no momento errado
Fez-se amada a amante
Fez-se amado,
o pecador.
Do trocadilho, fez-se o amor.
Aline M. Gonçalves

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A mulher atrás do espelho



Amo tudo que dói em você
porque também em mim dói.
A mesma mazela, que em você ninguém vê,
O meu coração corrói.

Aline M. Gonçalves