quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Catatônicos


Docemente presos
num catatonismo voluntário
imóveis, isolados e ilesos
positivam o amor e rejeitam o contrário.

Envoltos em pacífica atmosfera,
contradizem o turbilhão de dúvidas
desejosas por males onde só o certo impera
e dois são um, como energias híbridas.
Aline M. Gonçalves

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Metamorfose

Metamorfoseou-se,
deixando teu casulo de espinhos.
Como uma autora, recriou-se,
deixando o que foi, buscou novos caminhos.

Para tal mudança referida,
enfrentou o toque gélido,
que renderia um incrédulo,
a efemeridade da vida.

Como uma fênix das cinzas reviveu
e como recompensa a tudo que sofreu
és carne, sangue e coragem.
Beleza em alma e imagem.

Aline M. Gonçalves


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Restos


Do desgosto,
resta o gosto.
Do amargo,
resta a boca.
Do afago,
lembrança pouca.

No âmago da alma,
não resta dúvida da inconstância
e da humilde petulância
que não se acalma.

Do que ficou,
Nada restou.
Aline M. Gonçalves